Confira
o que a autora do livro “Desaparecida” respondeu para as perguntas feitas por
alguns blogueiros ;)
Emma Tupper não existe mais. E por que não, então, inventar uma nova Emma Tupper? “Só poeira. É como se eu tivesse sido apagada. Transformada em cinzas.” Quem nunca sonhou em recomeçar a própria vida do zero? A jovem advogada Emma Tupper se vê diante dessa oportunidade quando volta para casa, após passar seis meses desaparecida na África. Surpresa, percebe que todos acreditam que ela estava... morta. Emma descobre que sua antiga vida foi apagada. O apartamento onde vivia acaba de ser alugado para um novo inquilino, o misterioso fotógrafo Dominic. No escritório de advocacia, no qual construía uma carreira brilhante com chances de concorrer ao cargo de sócia, sua rival Sophie se apossou não só de seus clientes e de sua sala, mas também de seu namorado, Craig. Enquanto tenta resolver o caos no qual seu mundo se transformou, Emma se questiona: ela era feliz antes de sua viagem à África? Tinha valido a pena se sacrificar tanto em nome do trabalho? Amava Craig de verdade? Queria mesmo ter aquela vida de volta? Romântico e espirituoso, Desaparecida revela a envolvente trama de uma mulher à procura de si mesma.
1.
A personagem principal teve inspiração em você? Em algum momento teve vontade
de começar do zero? (Oliver)
R:
A personagem principal não foi baseada em mim, mas em uma história que ouvi
sobre uma pessoa que ficou doente enquanto estava na África. Quando ela
retornou à sua cidade, alguém estava morando em seu apartamento e todos os seus
objetos foram jogados fora. Achei que esta era uma boa premissa para explorar
temas sobre os quais já andava pensando. E se alguém não quisesse uma segunda
chance para fazer as coisas da forma certa?
2.
Quais são suas maiores influências literárias? Quais autores mais influenciam
seu trabalho como escritora? (Loren-Louise)
R:
É difícil escolher um único autor porque sou uma leitora voraz de diversos
gêneros. Acho que o que mais influenciou minha escrita foi ler, ler e ler,
possibilitando que eu aprendesse o máximo que eu pudesse sobre escrever.
3.
A África não é comumente vista na lista de lugares mais desejados para se
visitar, de onde surgiu a ideia? É algum toque pessoal seu? (Andreia Leal -
Mais que Livros)
R:
A história foi realmente baseada em outra que eu ouvi. Também tive um amigo que
morou na África por cinco anos, então eu consegui escrever baseada na
experiência dele.
4.
A inserção do suspense no fim do livro trouxe bastante dinamismo a história,
quando você começou a escrever o livro, você já tinha pensado em inserir esse
elemento? (Andreia Leal - Mais que Livros)
R:
Obrigada. Não tenho certeza de quando exatamente decidi adicionar o mistério ao
livro, mas com certeza surgiu enquanto eu pensava no livro – um processo pelo
qual sempre passo antes de começar a escrevê-lo.
5.
Seus personagens são baseados em pessoas reais ou são totalmente fictícios?
(Andreia Leal - Mais que Livros)
R:
Totalmente fictícios.
6. Eu levei menos de um dia para concluir a leitura
desse livro, mas quanto tempo você levou para escrevê-la? (Andreia Leal - Mais
que Livros)
R:
Ha! O primeiro rascunho demorou mais ou menos um ano para ser escrito, então
vieram muitas revisões. Mas fui interrompida algumas vezes por conta de outros
projetos.
7.
Fui procurar "Tswanaland" no Google e as únicas páginas em português
que aparecem são uma referência ao livro. Como você descobriu esse pedacinho da
África? E por que o escolheu para ser cenário da tragédia? (Giulia - Prazer, Me
Chamo Livro)
R:
Eu quis descrever um país que tivesse as características geográficas que eu
pensava, então olhei um mapa da África e encontrei o que procurava. Pesquisando
sobre a área, descobri que parte dela foi originalmente chamada assim, ou algo
similar a isso; foi daí que surgiu o nome. Acho que os nativos se chamam
Tswana.
8.
Todos nós temos uma coleção de recordações de viagem. Eu compro ímãs em cada
lugar que vou, alguns juntam canecas, outros preferem enfeites. Emma gosta de
guardar a terra de onde pisou. Você ou algum conhecido seu faz isso? Existe
algum simbolismo ou significado dessa lembrança na vida real ou na história?
(Giulia - Prazer, Me Chamo Livro)
R:
Eu realmente fiz isso – guardar a terra de um lugar que estive (Ilha do
Príncipe Edward¹) – quando eu era adolescente. Guardei porque era tão bonita!
Mas esqueci disso até agora. Engraçado como o subconsciente funciona.
¹é
uma das dez províncias do Canadá
9.
Em algum momento você cogitou alterar o final e apresentar uma Emma totalmente
transformada e altruísta? (Giulia - Prazer, Me Chamo Livro)
R:
Eu deliberadamente rejeitei essa ideia porque acho que seria um desfecho
previsível, é a forma que filmes desse gênero terminam: experiência de quase
morte = você precisa se tornar uma pessoa melhor, diferente. Eu quis explorar o
que acontece quando todo mundo quer que você aja dessa forma, mas você não.
10.
A capa brasileira mantém alguns elementos da [capa] original - uma menina de
costas na estrada carregando uma mala -, mas inova tanto no cenário quanto na
inserção de elementos femininos. O que você achou dessa mudança? Isso aproxima
ou afasta o leitor da essência da história? (Giulia - Prazer, Me Chamo Livro)
R: Eu realmente
amei a capa brasileira, é uma das minhas favoritas de todos os meus livros.
Acho que se encaixa perfeitamente ao livro.