[RESENHA] Perdida: Um amor que ultrapassa as barreiras do tempo (Carina Rissi)

Literatura Nacional

Primeiro volume

Sofia vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição. Após comprar um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda de prestativo Ian, Sofia embarca numa procura as cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam leva-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos...

Imagine a situação: você tem vinte e poucos anos, vive em um mundo movido a tecnologia e sabe mexer em praticamente todos os aparelhos eletrônicos que existem, mas de uma hora para outra as coisas começam a ir mal, o computador no seu trabalho quebra e você é obrigado(a) a usar uma maquina de escrever antiga, que você só tinha visto e nunca usado, seu celular cai no vaso sanitário e você não pega, porque né?! Até parece um sinal de que as coisas estão prestes a mudar, e pode até ser mesmo. Pensaram na situação? Essa é a realidade de Sofia, a protagonista de 24 anos que de uma hora pra outra tem sua vida completamente mudada.

Sofia é de certo modo é um dos exemplos de mulher que existem hoje em dia, trabalhadora, que tem que aguentar um chefe CHATO pra caramba, divertida e dedicada, e que é viciada em tecnologia (me lembrou uma pessoa que conheço e que adora trocar de celular que nem troca de roupa...), as coisas mudam quando ela compra um celular novo para substituir aquele que foi por água abaixo rs

“– Procurando por algum modelo em especial, querida? – ela perguntou com a voz suave.

– Hum... Não. Nenhum modelo em particular, pra falar a verdade. Eu preciso de um celular que faça tudo.

Ela arqueou as sobrancelhas escuras.

– Tudo?

– É! Tudo. Mp3, wi-fi, 3G, fotografia e filmagem, agenda, alguns jogos, um bom programa de e-mail, essas coisas – dei de ombros, tentando não demonstrar como estava desesperada para ter um daqueles monstrinhos em minhas mãos.

– Você precisa que o aparelho tenha todas essas funções? – ela indagou de forma curiosa.

– Precisar mesmo, eu não preciso. Mas se já existe um aparelho que tenha tudo porque não comprá-lo e aproveitar o que ele pode me oferecer?” p. 24

Por magia, macumba ou sabe-se lá o quê (a principio ela não faz a menor ideia) Sofia é enviada para 1830 e se depara com Ian Clarke, um homem típico da época, mas que ao mesmo tempo faz com que as leituras suspirem por ele. Ian é o “príncipe encantado” que vem ao seu resgate em um cavalo, pode até parecer clichê, mas não é, isso porque a situação toda é completamente inusitada.

Presa em 1830, Sofia conta apenas com um celular mágico que funciona quando quer, e por mais que se veja tentada a ficar por lá, ela fará de tudo para voltar (mesmo que quebre seu coração), nesse meio tempo ela se vê as voltas com costumes totalmente diferentes dos seus, além de ser obrigada usar roupas que só viu em livros antigos. Por outro lado, há algo positivo, Ian fará de tudo para que ela fique, com charme e tentando se ater as regras da época, ele se vê encantado com essa moça tão diferente das que já conheceu.

“Eu não podia me apaixonar por ele, por razoes que eu conhecia tão bem. Como eu poderia me apaixonar se logo iria embora e nunca mais o veria? E eu iria embora, de uma forma ou de outra” p. 141

Outro ponto positivo, na verdade o livro todo é muito bom, é a pesquisa que a autora fez para ambientar a trama em 1830, o que deu veracidade ao livro.

RECOMENDO MUITO!

CURIOSIDADES:

* O livro será adaptado e irá virar filme;

* A autora já terminou de escrever a sequencia.

* Saiba um pouquinho sobre a inspiração da autora para escrever o livro.

* O livro já foi publicado por duas editoras, a publicação mais recente é da Verus.