[Resenha] Real (Katy Evans)

Primeiro volume da série Real

Remington Tate tem a reputação de ser um bad boy, dentro e fora. É conhecido também pelo corpo escultural e pelo poder, sexy e selvagem, que emana de cada gota de suor, levando toda e qualquer mulher que o veja a um verdadeiro frenesi. Em seus olhos, brilha um desejo brutal, devastador e real. Brooke, uma especialista em fisioterapia esportiva, é contratada para manter aquele corpo funcionando como uma máquina mortal. Esse parecia ser seu emprego dos sonhos, mas, ao circular pelo perigoso circuito de lutas clandestinas com Tate e sua equipe, Brooke passa a ser dominada por um novo sentimento, um fogo e uma necessidade com os quais ela não sabe lidar. O que começa com um simples flerte pode virar uma obsessão sexual incontrolável. Terríveis segredos serão revelados, e Brooke deverá lutar para manter-se sã, discernindo o que há de real e o que é pura ilusão em seus próprios sentimentos.

Brooke Dumas está em seus vinte e poucos anos e não tolera violência, especialmente quando ela acontece gratuitamente, por isso não fica muito animada quando sua melhor amiga a arrasta para uma luta no submundo, lutas não autorizadas e que atraem milhares de pessoas todas as vezes. Entretanto, ela se vê fascinada quando Remy “o Arrebentador” Tate entra no ringue, ele é o exemplo de masculinidade e o desejo de toda mulher presente no local (e digamos que elas não são nada discretas quanto ao desejo de irem pra cama com ele).

Ela é uma ex-velocista que viu seu sonho de participar das Olimpíadas ir por água abaixo quando sofre uma lesão no joelho... duas vezes, incapaz de correr como antes ela se forma em fisioterapia com o intuito de ajudar jovens atletas a se recuperar de lesões semelhantes a dela. Por isso, ela acaba aceitando entrar para a equipe de Remy e sair com ele em turnê.

Remy é um lutador que vai a extremos, ele tem o que quer quando quer. É um lutador com tamanha energia que por vezes precisa ser contido, e pode chegar a entrar em um estado destrutivo para ele mesmo e todos a seu redor, quando conhece Brooke seu comportamento faz com que seus colegas entrem em estado de alerta, ele a deseja, mas ao contrário de outros personagens de livros do gênero não irá pressionar a personagem.

Embora o plano de fundo do livro seja conhecido: bad boy que luta em lutas “ilegais” se apaixona pela mocinha, que é forte mais também sensível, e acaba se tornando extremamente protetor, Katy Evans conduz sua trama de modo diferenciado, sua escrita embora seja cativante traz um vocabulário mais “baixo” o que pode irritar alguns leitores, os personagens aqui não tem medo de dizer o que pensam, sejam eles os principais ou secundário, mesmo assim, cada um deles apresenta uma ponta de mistério, quer dizer, eles possuem uma carga passada que interfere no presente.

Uma coisa que me desapontou um pouco foi que embora ambos os personagens apresentem uma maturidade com o que acontece em suas vidas, algumas vezes agem como crianças mimadas, tornando algumas coisas incoerentes.

O livro é narrado em primeira pessoa, nele vemos o ponto de vista de Brooke em tudo o que acontece, mesmo assim é Remy quem rouba a cena.

Recomendo o livro, especialmente se você tem curiosidade com a série, nele temos começo, meio e fim, e mesmo que a autora deixe uma abertura para o próximo, não senti a necessidade de ler mais para completar a trama, ou seja, se você está na dúvida: leia, o máximo que vai acontecer é você se apaixonar e continuar, ou parar com uma trama praticamente completa.

Livro: Real

Autora: Katy Evans

Editora: Novo século