Diário de leitura: Trilogia Shiva 1 - Os Imortais de Meluha
Como já antecipado pelo título, estou
lendo o primeiro volume da trilogia Shiva, entitulado “Os Imortais de Meluha”
lançado pela editora nVersos em 2014. Fiquei sabendo sobre essa saga há uns 2
anos atrás quando foi lançado na Índia e logo se tornou um best-seller no país
de origem. E vocês devem se perguntar, por quê? Porque é genial, simplesmente.
O autor, Amish Tripathi, criou uma narrativa que transforma o Deus indiano
Shiva em um humano.
Nessas primeiras
100 páginas, muitas coisas acontecem.
Não quero contar
pontos chave pois acredito que cada leitor deve descobrir o livro a sua
maneira, mas já é possível ter uma visão humanística de Lord Shiva, como
guerreiro e líder tribal. Porém, suas atribuições mitológicas também são
representadas, por exemplo, pela dança indiana. O Deus é considerado um exímio
dançarino na mitologia hindu e já nessas primeiras 100 páginas é possível
entender a razão. Ele dança em forma de Nataraja, sua representação da dança
divina e deixa os que o assistem sem fôlego.
Somos apresentados
também à Meluha. Em uma narrativa fantasiosa, o autor constrói uma Índia que
paira sob o tempo cronológico. A descrição de Meluha é algo
grandioso, tecnológico, não
condiz com a ideia de Índia rural que é passada no Ocidente.
Já situado em
Meluha, Shiva resolve procurar uma dançarina de Brahma chamada Sati com quem se
encontrou ao acaso durante o percurso para a cidade fantasiosa. Descobrimos
então, em um diálogo entre os três governantes de Meluha que Sati é filha do
imperador. Porém ela Shiva até então, não se encontraram novamente na cidade.
Finalmente, na
página 100, já no capítulo 6, nos é apresentado os Vikarma, uma
legião de pessoas que reencarnaram como sofredores, estão a pagar pelos pecados
de suas vidas anteriores. Shiva, ao ver uma procissão desse grupo, se choca e
começa a se questionar quanto os preceitos da nova terra.
Eu me surpreendi
com a facilidade do texto e a fluidez da narrativa. A ideia de transformar um
Deus hindu tão poderoso quanto Shiva em humano é ao mesmo tempo surpreendente e
amedrontadora ao meu ver, pois abre as perspectivas de humanizar o mito e ao
mesmo tempo quebra paradigmas religiosos, trazendo a lenda para mais perto de
seus devotos. Estou bem animada com a leitura e em breve voltarei com a segunda
parte do diário de leitura. Será que Shiva e Sati se encontrarão? O que Shiva
descobrirá sobre a profecia do Neelkanth, o garganta azul?
Oi Dani, já tinha visto este livro e me interessado pelo enredo. Muito bom quando o texto além de prazeroso é de fácil leitura. Espero ler também.
ResponderExcluirBjs, Rose.