Você
provavelmente já ouviu falar em Outubro
Rosa e/ou em Novembro Azul,
ambos simbolizando, respectivamente, a luta contra o câncer de mama e próstata,
mas você sabia que existem “cores” para simbolizar e ajudar na conscientização
de outros diversos problemas que assombram milhares de pessoas todos os dias?
Fevereiro é
representado pela cor roxa e se propõe
a conscientizar a população sobre o Mal
de Alzheimer.
A Doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve ser tratada. Quase todas as suas vítimas são pessoas idosas. Talvez, por isso, a doença tenha ficado erroneamente conhecida como “esclerose” ou “caduquice”.A doença se apresenta como demência, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família. Fonte
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Quem, Eu?: Uma Avó, Um Neto, Uma Lição de
Vida - Fernando Aguzzoli


Alice sempre foi
uma mulher de certezas. Casada e mãe de três filhos já adultos, ela é
professora titular em Harvard, uma especialista de renome mundial. Perto de
completar 50 anos, Alice começa a esquecer. No início, coisas sem importância,
como o lugar em que deixou o celular, até que, um dia, ela se perde a caminho
de casa. Um diagnóstico inesperado altera para sempre sua vida e sua maneira de
se relacionar com a própria família e o mundo. E, quando não há mais certezas
possíveis, só o amor sabe o que é verdade. De alguma forma e apesar de tudo, Alice
é para sempre.
“O que é um
homem sem memória? Um homem que não se reconhece mais em nenhum tempo, nenhum
lugar, nenhum rosto?”
Daniel é médico
neuropsiquiatra e começa a tratar de Ervin de Apolinário, professor aposentado
que apresenta uma doença degenerativa. Tudo estaria dentro da rotina do
consultório, não fosse a doença de Alzheimer reavivar na memória de Daniel
antigas dores, misturadas à paixão obcecada por Natasha, filha do paciente,
provocando a desestruturação de seu casamento e a culpa por transpor seus
limites éticos.
Ausência é um
romance que coloca ao leitor uma questão perturbadora: o que acontece quando a
mente começa a apagar as lembranças que constituem a própria biografia?
O
desenvolvimento do Alzheimer e o dilema de Daniel são o fio condutor dessa
trama permeada por relações complexas e questionamentos existenciais que levam
a refletir sobre o dinamismo inesperado da vida.
As mudanças de
personalidade, a depressão, as monomanias, a paranóia psicótica, o medo, as
alucinações. Como lidar com alguém que está sendo afetado de forma inexorável
pelo mal de Alzheimer? E pior – o que fazer quando esse alguém é sua mãe?
Em O Lugar
Escuro, Heloisa Seixas narra uma história real, a sua própria, entrelaçada com
um pesadelo familiar. Todas as fases da lenta degradação de uma mente
comprometida são descritas de forma minuciosa e assustadora neste livro que, de
tão fantástico, às vezes parece ficção, ou "uma espiral assombrada",
como define a escritora.
Mas quem já
conviveu com pessoas afetadas pelo mal de Alzheimer sabe que a realidade é
assim – uma sucessão de memórias perdidas, um vazio que vai tomando tudo, uma
realidade fugidia, em que o doente se transforma no avesso de si mesmo. Como
quem procura pistas para sair de um labirinto, Heloisa Seixas reproduz essa
trajetória, que nos assusta e atrai, com sua dose diária de estranhamento e
loucura. Das raízes familiares, num casarão da Bahia, à vida no Rio dos anos
dourados, Heloisa faz uma viagem ao passado de sua mãe, esquadrinhando a mente
que aos poucos se estilhaça.
O Lugar Escuro é
um relato corajoso – narrativa catártica que tem o poder de emocionar, e também
de aproximar o leitor desse cotidiano que massacra um número cada vez maior de
pessoas e que é a principal causa de demência entre idosos no Brasil e no
mundo.