Confira as
novidades da Geração Editorial programadas para junho e julho.
A Praga (Manuela Castro)
Mais Um Holocausto Brasileiro: Uma Praga Milenar De
Que O Brasil Conserva Resíduos Assustadores
O medo envolve
esta praga a partir do nome: lepra. Para vencê-lo, foi necessário vencer a
palavra, substituindo-a por “hanseníase” no Brasil a partir dos anos 1960.
Palavra que carrega um significado de pavor e isolamento inumano desde
milênios, atravessando a Bíblia, a história do Oriente Médio, da Ásia e da
Europa, atingindo indiferentemente reis e pobres da mais baixa classe, ela
abriga uma doença que passou a ter cura nos anos 1940. Mas o Brasil, com seu
atraso científico e social, ignorou ou subestimou isso. O pavor brasileiro se
espalhou facilmente entre as políticas de saúde, os médicos interessados apenas
em lucro, a ignorância, a pobreza, as regiões desassistidas e as famílias em
pânico. Conheça esse contexto e depoimentos alarmantes acerca de uma realidade
ainda presente no país, neste livro documento da repórter Manuela Castro. É
outra das muitas pragas que o Brasil ainda não venceu.
Dos 28 mil pilotos de caça alemães da II Guerra
Mundial, apenas 1.200 sobreviveram.
Um deles – junto com um inimigo norte-americano –
tinha esta história extraordinariamente humana para contar.
Quando o jornalista Adam Makos conheceu o
veterano de guerra americano Charlie Brown, ele não fazia ideia de que tinha
diante de si uma história tão absurda e fantástica que parecia ficção.
Mas não era.
O velho Charlie
percebeu o assombro de Makos e divertiu-se com isso. Disse para ele procurar um
tal de Franz Stigler, ex-piloto da Força Aérea Alemã durante a Segunda Guerra
Mundial. Em suma: um nazista.
Assustado e
curioso, Makos venceu a relutância inicial e foi ao encontro de Franz, que
morava no Canadá. A conversa que tiveram impactou Makos de tal forma que acabou
se estendendo por anos de entrevistas e pesquisa histórica. O resultado foi
este livro aclamado pela crítica
internacional e que se tornou-se um best-seller do The New York Times.
Junto com seu
colega jornalista e pesquisador Larry Alexander – autor do livro Band of
Brothers, transformada em bem sucedida minissérie para TV – ele conta a
trajetória fascinante de Franz e Charlie Brown durante a Segunda Guerra. Franz,
um piloto de caça alemão e Charlie, piloto de um bombardeiro americano,
inimigos mortais durante a Segunda Guerra. Pilotos treinados para dissolver um
ao outro imediatamente, caso se encontrassem. Mas quando isso aconteceu, em 1943,
o predador salvou a vida da presa. Na verdade, ele fez muito mais do que isso.
Um gesto totalmente contrário à lógica natural da guerra, e que poderia trazer
consequências irreversíveis para o traidor, ali ou décadas depois…
O episódio seria
chamado de O mais incrível encontro entre inimigos na Segunda Guerra Mundial. A
Força Aérea dos Estados Unidos arquivaria por anos o ocorrido, classificando-o
como ultrassecreto.
Numa narrativa
eletrizante e envolvente, o leitor é conduzido ao alvorecer, glória e queda do
nazismo na Europa, quando o sadismo dos líderes nazistas e seu rebanho de
fanáticos alcançou níveis inimagináveis. Mas nem todos apoiavam Hitler. Afinal,
o que realmente queria o Partido? Franz, que fazia parte da elite militar,
acompanhou tudo bem de perto. Homem de poucas palavras e de uma perspicácia
assombrosa, ele revelaria ao mundo, cinquenta anos depois, detalhes
impressionantes daquela época, que não se encontram em nenhum livro de
história. Conspirações, mentiras e muitas verdades inconvenientes…
Ao trazer um
acervo de documentos e fotos oficiais e inéditas, O amigo alemão vai
surpreender e emocionar você.
Entre a glória e a vergonha (Mario Rosa)
Você nunca leu
um livro como este.
Numa tensa manhã, na capital federal da
República, o maior consultor e gestor de crises do país é acordado pela Polícia
Federal e envolvido numa investigação sobre corrupção política e empresarial.
As poderosas
empresas a que ele havia servido, envolvidas na maior investigação de corrupção
política e empresarial da história, tinham sido obrigadas a explicar, nos
autos, qual era a atividade dele como consultor. Ele se via forçado então “a
dizer o que fiz como forma de entenderem o que não fiz”.
Num gesto
inusitado, o consultor em apuros decide falar tudo o que vivera e sentira
durante seus quase 20 anos de atividade, como consultor e gestor das crises que
haviam atingido aquelas empresas.
Começa aí o martírio de uma investigação que
mudou sua vida profissional e familiar.
O que surge desse depoimento é eletrizante e revelador.
O autor não
poupa nem a si mesmo ao narrar a encrenca na qual se meteu.
Num Brasil sacudido por uma espiral de
escândalos jamais vista, com a opinião pública nauseada com revelações de
malfeitos envolvendo líderes políticos e empresariais, este Entre a glória e a
vergonha ajuda a revelar segredos e bastidores que o noticiário jamais alcança.
Mario Rosa
passou a vida naquele mundo ao qual poucos têm acesso. Surge dramático, tenso,
como jamais se viu, um mundo que não aparece na TV, nos sites, nos jornais e
nas revistas — o mundo fechado e misterioso que ele habitou como “médico” da
reputação dos poderosos aos quais serviu.
A lista de empresas e líderes, de casos e
confusões em que Mario Rosa se meteu é quase um resumo da crônica
de escândalos do
nosso tempo. A rigor, não há um único grande escândalo ou grande polêmica em
que, de alguma
forma, ele não
estivesse no meio dando algum conselho, de graça ou profissionalmente, nos
últimos 20 anos.
As histórias mais chocantes relatam como
empresas bilionárias conduziram complexas batalhas de opinião pública em crises
que envolviam interesses de gente grande. Não faltará adrenalina no relato de
como personagens conhecidos viveram momentos de desespero, pavor e
imprevisibilidade.
Estamos falando aqui de seres humanos
geralmente frios e calculistas — inclusive o próprio autor. Por isso, é
fascinante perceber como ele mesmo se transforma, ao longo da crise em que se
meteu. O consultor frio, distante e racional descobre a emoção e se vê sem chão
no meio de um terremoto no qual sua vida, seu nome e sua reputação podem ser
totalmente destruídas, como se uma bala perdida o tivesse atingido em meio a
seu trabalho de socorrer os outros. É a si mesmo, agora, que ele terá que
socorrer.
Mario Rosa desnuda-se totalmente, fala de suas
fraquezas, seus medos, sua vergonha, pede desculpas por seus excessos, revela
seus rompantes, busca relativizar as regras frias dos manuais com a humanidade
necessária para compreender a dor daquilo que durante anos vagamente chamou de
“clientes”.
Este livro foi
publicado originalmente, como um folhetim, no portal UOL, o maior do país.
Nesta edição impressa, o autor inclui quatro capítulos novos, com informações
inéditas e uma análise das repercussões da edição digital, que lhe serviu
também para o que alguns vão considerar “manipulação” do
Google para
atingir seus próprios interesses.
Com a autoridade de quem já editou dois outros
livros do autor, um deles o arrebatador A era do escândalo, um sucesso
editorial que virou referência nas escolas de comunicação, ouso dizer que estas
memórias trazem um Mario Rosa diferente, talvez o melhor do ponto de vista
autoral.
É a primeira vez que desfila seus próprios
cases, que narra e descreve — ou melhor, decifra — o que vem a ser essa
estranhíssima profissão que inventou para si mesmo e cujo rótulo parece um
hieróglifo egípcio: consultor de crises.
Aqui ele conta o
que fez e como fez. E ao contar ajuda a entender como funciona um pedaço de um
mundo abstrato e longínquo chamado elite.
O depoimento de Mario Rosa foi feito a sangue
quente: quase todos os mencionados ainda estão vivos. Nenhum contestou o que
ele fala deles.
Boa leitura e de novo: você nunca leu um livro
como este.
*Informações
cedidas pela editora.