#Copadomundoliterária: Conheça as obras dos países que disputam as oitavas de final


Continuando com a edição especial da coluna Roteiro de Viagem Literária voltada para a copa domundo e para os países participantes, nos posts anteriores vocês conheceram um pouquinho sobre os países e sobre a literatura local, no post de hoje vamos conhecer algumas obras dos países que chegaram às oitavas de final, são eles: Brasil, México, Rússia, Espanha, Croácia, Dinamarca, Uruguai, Portugal, França, Argentina, Bélgica, Japão, Suécia, Suíça, Colômbia e Inglaterra.

Brasil
 X
México
Imagine que você descobre que seu pai é um rei. Isso mesmo, um rei de verdade em um país no sudeste da Europa. E o rei quer levá-la com ele para assumir seu verdadeiro lugar de herdeira e futura rainha…
Foi o que aconteceu com Ana. Pega de surpresa pela informação de sua origem real, Ana agora vai ter que decidir entre ficar no Brasil ou mudar-se para Krósvia e viver em um país distante tendo como companhia somente o pai, os criados e o insuportável Alex.
Mudar-se para Krósvia pode ser tentador — deve ser ótimo viver em um lugar como aquele e, quem sabe, vir a tornar-se rainha —, mas ela sabe que não pode contar com o pai o tempo todo, afinal ele é um rei bastante ocupado. E sabe também que Alex, o rapaz que é praticamente seu tutor em Krósvia, não fará nenhuma gentileza para que ela se sinta melhor naquele país estrangeiro.
A não ser… A não ser que Alex não seja esta pessoa tão irascível e que príncipes encantados existam.
Simplesmente Ana é assim: um livro divertido, capaz de nos fazer sonhar, mas que — ao mesmo tempo — nos lembra das provas que temos que passar para chegar à vida adulta.

O romance de estreia de Juan Pablo Villalobos é surpreendente em muitos sentidos. Breve e incisivo ao revelar a face mais violenta da realidade (não apenas)mexicana sob uma ótica insólita, entra no cânone da narcoliteratura sem ceder aos tiques próprios do subgênero. Em 'Festa no Covil', a vida íntima de um poderoso chefe do narcotráfico , Yolcault, ou "El Rey" é narrada pelo filho. Garoto de idade indefinida, curioso e inteligente, o pequeno herói, que vive trancado num "palácio" sem saber a verdade sobre o pai, reconta sem filtros morais o que presencia ou conhece pela boca dos empregados ou pela tevê. Seu passatempo é investigar secretamente os mistérios que entrevê, colecionar chapéus e palavras difíceis e pesquisar sobre samurais, reis da França e animais em extinção, sempre com o auxílio de seu preceptor, um escritor fracassado egresso da esquerda.

Uruguai
X
Portugal
A história central de Primavera num espelho partido, gira em torno de Santiago, personagem condenado ao exílio interior numa prisão de seu próprio país, por ter participado da guerrilha urbana durante o período da ditadura militar no Uruguai, imposta de 1973 a 1985. Já sua mulher Graciela é obrigada a se mudar para a Argentina com Beatriz, sua filha pequena, e dom Rafael, seu sogro, para reconstruir a vida. Para o marido, detido em sua cela, é como se o tempo tivesse parado.
No romance, Benedetti aborda de maneira bastante original a temática da opressão e do exílio coletivo dos uruguaios. Sendo ele próprio também um exilado, adota um modo de observação pouco comum, ao intercalar vozes narrativas distintas ao longo do texto. Essas vozes se sucedem, se somam, cedem passagem umas às outras, organizando um mosaico de impressões e sentimentos.

Único título publicado em português por Fernando Pessoa em vida, Mensagem é sem dúvida um dos poemas mais importantes do século XX, ao lado de Waste Land, de T. S. Eliot, dos Cantos, de Ezra Pound e das Elegias, de Rilke, entre outros. Cada um dos 44 poemas escritos ao longo da vida podem ser lidos independentemente ou em conjunto. O conjunto, considerado um único poema, foi dividido pelo autor em três partes: “Brasão”, “Mar português” e "O Encoberto", assim como é mostrado na parte final da introdução no esquema gráfico do poema. A edição ora apresentada amplia o horizonte do poema por seus aparatos. Além da apresentação cuidadosa de Caio Gagliardi, há o intertexto do poema camoniano, Os lusíadas, e um glossário com explicações dos personagens históricos, mitológicos, epígrafes e lendas, também a datação dos poemas. De modo que atende tanto ao estudante iniciante quanto ao professor mais cioso.

França
X
Argentina
Edição comemorativa do bicentenário de Victor Hugo (1802-1885), em tradução inteiramente revista e adequada à leitura contemporânea. Esse tratamento e a edição com 816 notas de pé de página, elucidativas do contexto histórico e cultural da França no século XIX, fazem desta a versão definitiva da obra em português. Hugo narrou seu romance magistral numa linguagem que representou para a literatura "o mesmo que a Revolução Francesa na História", segundo o crítico Sérgio Paulo Rouanet. O fio condutor é o personagem de Jean Valjean, que, por roubar um pão para alimentar a família, é preso e passa dezenove anos encarcerado. Solto, mas repudiado socialmente, é acolhido por um bispo. O encontro transforma radicalmente sua vida e, após mudar de nome, Valjean prospera como negociante de vidrilhos, até que novos acontecimentos o reconduzem ao calabouço.

Lançado em 1940, o romance A invenção de Morel, de Adolfo Bioy Casares (1914-1999), é um clássico da ficção científica latino-americana e uma referência internacional do gênero. Prova de sua influência é a variedade de obras que inspirou, do longa-metragem O ano passado em Marienbad, do francês Alain Resnais, ao seriado pop norte-americano Lost. Narrado em primeira pessoa, o livro conta a história de um fugitivo que chega a uma ilha aparentemente deserta, com estranhas construções que também parecem abandonadas. Um dia, ele ouve música e ruídos. Percebe que não está sozinho e, atemorizado, busca refúgio num pântano. Aos poucos, porém, se aproxima do grupo e se apaixona por uma mulher. Mas algo que ele não entende ocorre ali, porque os desconhecidos não o veem e não o ouvem. Tudo parece estar relacionado com uma misteriosa máquina inventada por um sujeito chamado Morel e que sugere a criação de uma espécie de imortalidade, mas por meio de imagens. O argentino Bioy Casares tinha apenas 26 anos quando escreveu A invenção de Morel, uma obra visionária, que lança um questionamento sobre os limites entre o real e o virtual, extremamente válido ainda hoje.

Bélgica
X
Japão
Golpe de Misericórdia (Le Coup de Grâce) é um curto romance que se desenrola na esteira da guerra de 1914 e da Revolução Russa. Escrito em 1938, inspirado numa ocorrência autêntica, o assunto do livro, segundo Yourcenar, está muito próximo de nós “porque a desordem moral que ele descreve permanece a mesma em que fomos e estamos cada vez mais mergulhados”. Este romance com fortes inclinações para a tragédia, desenvolve-se num lugarejo denominado Kratovice, um rincão obscuro dos países bálticos, isolado pela revolução e pela guerra. A historia de amor entre três protagonistas, “um quase puro conflito de paixões e de vontades”,é narrada na primeira pessoa, através de Éric Von Lhomond, personagem caracterizado pela lúcida rispidez, e o tema central é “antes de tudo a comunidade de espécie, a solidariedade de destino entre três seres submetidos as mesmas privações e aos mesmos perigos”.

Haruki Murakami é o autor japonês mais popular de sua geração, com livros traduzidos em 34 idiomas. Assim como em Norwegian Wood, lançado no Japão em 1987 e 4 milhões de exemplares vendidos no país, os personagens de Kafka à beira-mar – que também é o nome de uma canção – vivem em um Japão completamente transformado pelo capitalismo e se sentem solitários, excluídos da sociedade moderna. “Sempre me interesso por pessoas que se põem à margem da sociedade, que se retiraram dela. A maioria dos personagens em Kafka à beira-mar está, de uma forma ou de outra, marginalizada. E Nakata, definitivamente, é uma dessas”, explica o autor.
Como os outros romances de Murakami, este também traz elementos fantásticos. A história conta com dois protagonistas: o adolescente Kafta Tamura, que foge da casa onde vive com o pai para encontrar a mãe e a irmã, e o deficiente mental Satoru Nakata, um homem de sessenta anos que tem a habilidade de falar com gatos. As duas histórias são contadas de forma paralela, alternando-se ao longo dos capítulos, até convergirem no final.

Espanha
X
Rússia
“O engenhoso fidalgo dom Quixote de La Mancha”, obra prima de Miguel de Cervantes Saavedra, é sem sombra de dúvida o romance mais importante da literatura em língua espanhola. Grandes críticos, historiadores e leitores fizeram dele a segunda obra mais traduzida e editada do mundo, depois da Bíblia.
Alonso Quixano, entregue ao delírio causado pela leitura excessiva de livros de cavalaria, sai pelas planícies espanholas para impor justiça, na companhia de seu fiel escudeiro Sancho Pança. A dupla então vive uma variada seqüência de aventuras e confrontos no limite entre a realidade e a fantasia, narrada por M.de Cervantes com malícia, compaixão e bom humor. Mais e menos que um símbolo, essa criatura da arte possui a profundidade e o relevo da vida real.

O romance foi publicado em partes na revista Mensageiro Russo entre 1865 e 1869. Ele alterna de maneira precisa a História - tendo como protagonistas Napoleão, o tsar Alexandre I e o general Kutuzov no período da campanha napoleônica contra a Rússia entre 1805 e 1812 - e o enredo ficcional, cujo fio condutor são a vida, as misérias e os amores de duas grandes famílias aristocratas, os Rostov e os Bolkonski, por sua vez protagonistas de um mundo em plena decadência.

Suíça
X
Suécia
Originalmente publicado em 1929, O Lobo das Estepes continua a marcar a nossa alma como um clássico da literatura moderna.
Harry Haller é o lobo das estepes: selvagem, estranho, tímido e alienado da sociedade.
O seu desespero e desejo pela morte atraem-no para um submundo encantado e sombrio. Através de uma série de encontros obscuros - alternadamente românticos, bizarros e selvagens - o misantropo Haller começa gradualmente a redescobrir os sonhos perdidos da sua juventude.
Este retrato acelerado de um homem que se sente ele próprio meiohumano, meio-lobo tornou-se a bíblia da contracultura da década de 1960, capturando o humor de uma geração descontente e continua, até hoje, a ser uma história de alienação e redenção humana.

O jornalista Mikael Blomkvist acaba de ser condenado e sentenciado a três meses de prisão por difamar um poderoso financista. Recebe então uma proposta intrigante: o grande industrial Henrik Vanger quer contratá-lo para escrever a biografia de sua conturbada família. Mas, sobretuto, Vanger quer que Mikael investigue o sumiço de sua sobrinha Harriet, desaparecida sem deixar vestígios há quase quarenta anos. Henrik também se dispõe a salvar a 'Millennium', revista capitaneada por Mikael, e que se encontra em risco de falência. De início contrariado, o jornalista acaba aceitando a tarefa.
Harriet desapareceu quando sua família se reunia para um encontro em uma ilha. Inteligente e sensível, a moça era a favorita de Henrik. Suspeitos não faltam, pois, se todas as famílias tem esqueletos no armário, o clã Vanger parece dispor de um cemitério inteiro. Em sua busca febril, Mikael recebe a ajuda de uma jovem e genial hacker, Lisbeth Salander, cuja magreza anoréxica só é comparável à fúria silenciosa que nutre contra a sociedade. Mas, como Mikael logo compreende, se alguém esconde um segredo torpe, é certo que Lisbeth irá descobri-lo. E, de fato, pouco a pouco, o jornalista e sua improvável parceira desvendam um verdadeiro circo de horrores.
'Os homens que não amavam as mulheres' não é apenas um do mais comentados romances policiais dos últimos anos, tendo tomado de assalto a lista dos mais vendidos dos países onde foi publicado. É uma obra de dimensões oceânicas, que se desdobra pelos mais diversos aspectos da vida moderna - os crimes de colarinho branco, a responsabilidade do jornalismo econômico com a ciranda financeira, o fenômeno da internet e da invasão de privacidade, o ódio contra as minorias. Por isso, além de seduzir com seu intrincado mistério, fornece ainda uma reflexão ética sobre a sociedade atual, sobre os segredos de cada um e a responsabilidade de todos.

Croácia
X
Dinamarca
Na pequena cidade bósnia de Travnik, um dos bastiões do império Otomano no começo do século XIX, coabitam muçulmanos, cristãos e judeus. No ar sente-se uma tensão quase palpável não apenas devido aos conflitos religiosos mas sobretudo pela ameaça de guerra.
Napoleão está no poder em França e decide criar um consulado em Travnik. Jean Daville é o novo cônsul francês e personagem central deste romance extraordinário apontado pela crítica como a verdadeira obra-prima de Ivo Andrić. Mal recebido pelos habitantes de Travnik, Daville é considerado um homem fechado e impenetrável, e a sua convivência com o império Otomano é um constante choque de culturas e ideias. Passados alguns anos chega também à cidade um cônsul austríaco.

Esse livro reúne alguns dos mais belos contos de Hans Christian Andersen, como "A sereiazinha", "O patinho feio", "O rouxinol do imperador da China", "A roupa nova do imperador"... As ilustrações de Matthieu Blanchin estão muito ricas e trabalhadas com sensibilidade e talento. Viaje neste mundo mágico e conheça princesas, duendes, sereias e muitos outros personagens encantados dos contos de fadas.

Colômbia
X
Inglaterra
A mãe é tratada como "A Louca", o irmão caçula, chamado de "Grande Cretino", "aborto da natureza", mulheres grávidas em geral, de "vacas cínicas" e o papa Karol Wojtyla, de "travesti polonês", "besta vaticana". O narrador de O despenhadeiro, papel assumido sem disfarces por Fernando Vallejo em mais este romance de tintas autobiográficas, é sempre assim, como ele mesmo define: "emenda maldições umas atrás das outras, como ave-marias de um rosário".
Herege convicto, o polêmico autor de origem colombiana aproveita para voltar a exibir neste romance sua declarada aversão pela Igreja Católica, sua ácida visão dos relacionamentos familiares e seu ódio escancarado pela sociedade burguesa. Com a característica ferocidade que permeia seu texto, Vallejo narra em O despenhadeiro a derrocada de sua família em meio à Colômbia violenta que abandonou há mais de trinta anos. Residente no México desde 1971, o escritor sempre fez questão de alardear sua opção pela cidadania mexicana como forma de protesto contra seu país natal.

Conheça Harry, filho de Tiago e Lílian Potter, feiticeiros que foram assassinados por um poderosíssimo bruxo, quando ele ainda era um bebê. Com isso, o menino acaba sendo levado para a casa dos tios que nada tinham a ver com o sobrenatural pelo contrário. Até os 10 anos, Harry foi uma espécie de gata borralheira: maltratado pelos tios, herdava roupas velhas do primo gorducho, tinha óculos remendados e era tratado como um estorvo. No dia de seu aniversário de 11 anos, entretanto, ele parece deslizar por um buraco sem fundo, como o de Alice no país das maravilhas, que o conduz a um mundo mágico. Descobre sua verdadeira história e seu destino: ser um aprendiz de feiticeiro até o dia em que terá que enfrentar a pior força do mal, o homem que assassinou seus pais, o terrível Lorde das Trevas.
O menino de olhos verdes, magricela e desengonçado, tão habituado à rejeição, descobre, também, que é um herói no universo dos magos. Potter fica sabendo que é a única pessoa a ter sobrevivido a um ataque do tal bruxo do mal e essa é a causa da marca em forma de raio que ele carrega na testa. Ele não é um garoto qualquer, ele sequer é um feiticeiro qualquer; ele é Harry Potter, símbolo de poder, resistência e um líder natural entre os sobrenaturais.

Um comentário:

  1. Oi, Pat.
    Adorei suas escolhas!
    E me lembrei que preciso dar continuidade na série do Stieg Larson! Rs...
    beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

    ResponderExcluir


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