Contrapartida – Uma mãe de James
Joyce chega às bancas de todo o país chega hoje às bancas de todo país.
Tanto Uma mãe
como Contrapatida pertencem a Dubliners (Dublinenses, no Brasil; Gente de
Dublin, em Portugal), primeira obra narrativa de James Joyce, publicada em
1914. É um Joyce, assim, inicial, todavia já surpreendentemente equipado para
colher, nos traços da vida de sua cidade natal da Irlanda – da qual se
autoexilara e partir de 1904 –, os rastros evidentes da derrota definitiva do
homem do século XIX. E a derrota, de fato, paira sobre ambos os contos. É
realmente um mundo sem esperança nem remissão o de Dubliners, que nem mesmo a
ironia sutil do jovem Joyce consegue salvar. A iluminação do ‘‘fluxo de
consciência’’ e a complexa arquitetura das ‘‘epifanias’’, festejadas com pompa
no Ulisses, ainda estão por vir. Aqui há apenas, nu e cru, o universo insensato
e feroz, cuja representação é o ponto de partida necessário para persuadir-se
da necessidade de encontrar uma outra abordagem, capaz – talvez por virtudes
que não têm a ver com esse mundo – de recuperar um significado (a ‘‘epifania’’)
por outros caminhos, sublimes ou celestes, mas que não têm nada em comum com o
horror da “vida como ela é”, como diria o poeta italiano Dino Campana.
Livro: Contrapartida – Uma Mãe
Coleção Folha Inglês com Clássicos da
Literatura – vol. 09
Autor: James Joyce
ISBN: 978-85-9387-672-1
Ano:
2018
Páginas: 72
Idioma: bilíngue
Editora: Folha de S. Paulo
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