Quando tudo está contra você, é hora de fazer algo diferente. Mia Dempsey tem 17 anos, é inteligente, durona, engraçada, mas muitos a veem como uma garota problema! Péssimas notas na escola, bebida alcoólica em excesso, e, num ataque de raiva, resolve dar um soco na madrasta... Essa foi a gota d’água. Mia sabe que passou dos limites, mas nunca imaginou que seu pai tomaria medidas tão drásticas: ela é enviada para um internato distante de qualquer lugar civilizado. Agora, perdida entre dor e revolta, Mia se vê obrigada a olhar para o passado e entender por que fez escolhas tão devastadoras. Esse é o ponto de virada! Ao lado de outras garotas-problema, Mia precisa descobrir o que a estimula à autodestruição, antes que seja tarde. Para isso, terá de lidar com algo que escondeu de todos, um evento que simplesmente tentou esquecer e pode estar por trás de tudo que enfrenta agora.
“Este livro pode parecer só um romance de adolescente rebelde, mas mostra, entre tantas coisas, como lidamos com os jovens e o que eles são capazes de fazer quando se sentem acuados.”
A adolescência é vista por muitos como uma época de descobertas e rebeldia, e Mia, aos 17 anos, se enquadra bem nessa descrição superficial de adolescente que passa pela fase de descobertas e rebeldia, então qual seria o problema? Ela ultrapassa todos os limites, inclusive os legais e apresenta um comportamento por vezes autodestrutivo, mas não julguem antes de ler o livro e compreender os motivos dela.
Quando ela
ultrapassa os limites do “tolerável”, ela é enviada a um internato para que
possa focar toda essa energia e encontrar um objetivo, a escola, um local
pensado para garotas problemáticas como Mia, será um choque de realidade mais
que necessário para que ela finalmente encontre a ajuda que ela não sabe que
precisa.
Admito que a
premissa inicialmente me lembrou do filme “A Garota Mimada” de 2008 e foi isso
que me chamou a atenção no livro, mas ele vai muito além dessa sessão da tarde
divertida.
Abordado temas
importantes “Não sou uma boa garota”, de Jessie Ann Foley apresenta o retrato e
o drama que muitos (não só adolescentes) passam e mostra que, o autoconhecimento
é o ponto de partida para que possamos entender o que está errado e buscar uma
solução. Além disso, ele apresenta temas mais pesados (consumo de bebidas, violência...),
então entejam avisados que pode conter
GATILHOS para alguns leitores.
Narrado pela
protagonista, é impossível que o leitor não compreenda tudo o que ela passou e
o que a levou a apresentar esse tipo de comportamento, é impossível que
você não acompanhe e não torça para que
ela finalmente encontre um caminho diferente do que estava trilhando. E ao
mesmo tempo em acompanhamos Mia, também conhecemos algumas das garotas da
Academia e os problemas que as levaram até lá, compreendemos que um problema
pode parecer pequeno para uma pessoa, mas uma tempestade para o outro e que não
devemos julgar com base naquilo que conhecemos.
No mais, “Não
sou uma boa garota” apresenta uma trama sobre autoconhecimento, aceitação e
crescimento. Levanta reflexões necessárias é muito mais que uma trama
adolescente de sessão da tarde.
Não sou uma
boa garota Jessie Ann
Foley Editora: Faro
Editorial ISBN-13:
9786559570140 ISBN-10:
6559570142 Ano: 2021 Páginas: 256 |
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