Amanhecer na colheita | Suzanne Collins #Resenha

 

Ao amanhecer do dia da colheita da Quinquagésima Edição dos Jogos Vorazes, o medo toma conta dos distritos de Panem. Nesse ano, em comemoração ao Massacre Quaternário, o dobro de tributos será levado de suas casas.

No Distrito 12, Haymitch Abernathy está tentando não pensar muito nas suas chances de ser sorteado – só quer sobreviver ao dia e passar um tempo com a garota que ama.

Mas, ao ser escolhido, todos os sonhos de Haymitch desmoronam. Ele é separado da família e da namorada e enviado para a Capital com outros três tributos do Distrito 12: uma menina que considera quase uma irmã, um rapaz viciado em calcular chances e apostas, e a garota mais arrogante da cidade.

Conforme os Jogos se aproximam, Haymitch compreende que está tudo armado para o seu fracasso, mas parte dele deseja lutar... e deseja também que essa luta reverbere muito além da arena mortal.

 

Amanhecer na colheita apresenta um outro capítulo da história do Distrito 12 e dos Jogos Vorazes, dessa vez voltando cerca de 24 anos antes dos acontecimentos do primeiro livro e focando na 50ª Edição dos JV e em Haymitch Abernathy, que anos depois, se tornaria o mentor de Katniss Everdeen e Peeta Mellark.

Quando li os primeiros livros de JV, Haymitch foi um personagem que me ganhou aos poucos, mas que também deixou muitas perguntas sobre como o personagem chegou naquele ponto/estado. “Amanhecer na Colheita” veio para responder todas essas perguntas e mostrar como era a vida dele anos antes, quando seu nome foi “escolhido” para a ‘Quinquagésima Edição dos Jogos’ e quando a sobrevivência diária se tornou uma luta mortal pela vida, uma luta que mostrou desde o começo que ele não tinha a menor chance de ganhar, mas como então ele saiu vitorioso do jogo? Qual foi o preço que ele teve que pagar?

A edição dos jogos em que Haymitch participa não é chamada de Massacre atoa, naquele ano o dobro de tributos e uma arena programada para ceifar todos eles, e não para por aí, nomes conhecidos da trilogia original aparecem para mostrar que os Jogos servem como punição até para os que são considerados valiosos para a capital. Além disso, li em algum lugar que “Amanhecer na colheita” seria apenas um fã service, e sim, os leitores de JV pediram e pedem sempre por mais livros, mas esse novo capítulo da história é acima de tudo um lembrete de como as pessoas podem ser apenas peças manipuladas por um sistema injusto e cruel e que o Snow é e sempre foi um grandessíssimo filho da p*ta.

Depois de ler os outros livros, eu achava que sabia o que podia esperar desse livro, mas estava bem enganada e se eu tivesse que escolher uma única palavra para descrever a leitura, a palavra seria ‘brutal’, a narrativa é totalmente arrasadora e quando você acha que as coisas não podem piorar, Suzanne Collins te dá um pelo murro no estomago e as coisas pioram mais ainda.

No mais, recomendo a leitura dos livros seguindo a ordem de publicação e não a cronológica.

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📖 Amanhecer na colheita | Jogos Vorazes - vol. 05 | 🖋️ Suzanne Collins | @editorarocco | 448p. +14