O hospital | Leslie Wolfe #Resenha

 

A autora best-seller de A Cirurgiã retorna com uma trama repleta de suspense, como você nunca viu. No momento em que Emma Duncan toma consciência, ela sabe de apenas quatro coisas: seu nome; está em um hospital; perdeu a visão; foi vítima de uma tentativa de assassinato, embora não consiga recordar quem tentou ou como ocorreu. A última lembrança que lhe vem à mente é a cena em que estava correndo, fugindo de alguém que tentava matá-la. Agora, ela deveria se sentir protegida no hospital, porém Emma se concentra na sensação de estar aprisionada, e num esforço contínuo para lembrar como era sua vida até ali. Fragmentos de memórias surgem em sua mente, fazendo Emma acreditar que estava vivendo bem, que estava com uma carreira consolidada como atriz e casada com Steve Wellington, diretor de cinema, e que, juntos, alcançaram muitas conquistas. Entretanto, à medida que os dias se passam, a expectativa desmorona ao perceber que muitos desses acontecimentos eram do passado. A única forma de garantir sua segurança e identificar o assassino é descobrir as respostas enterradas profundamente em sua mente. Mas durante as visitas ― conversando com médicos, enfermeiros, amigos e familiares ―, Emma começa a notar as mentiras que se contradizem em relação às lembranças que ela tem de sua vida. Encarcerada em seus próprios pensamentos, ela se recusa a confiar em qualquer pessoa que cruze o seu caminho no hospital.

 

 

Emma Duncan acorda em um hospital sem enxergar e quase sem memória do ataque que quase tirou sua vida. Ela tem apenas pequenos fragmentos daquela noite e lembra apenas de estar fugindo e de que alguém queria matá-la. Enquanto tenta juntar esses pequenos lampejos de memorias do passado, sua mente recorda de fragmentos de uma vida de sucesso ao lado do marido, um famoso diretor de cinema e do declínio da relação, seria ele o culpado por tudo o que aconteceu com ela naquela noite? Quando as lembranças não batem com o que os médicos e os visitantes dizem à sua volta, Emma se vê cada vez mais cercada por mentiras e sem saber em quem confiar, presa em uma situação aparentemente sem escapatória, ela percebe que sua única chance de sobreviver é descobrir a verdade enterrada em sua mente, antes que o assassino termine o que começou.

Esse foi meu segundo contato com uma obra da autora, o anterior foi o “A Cirurgiã” (também resenhado aqui) e eu gostei ainda mais da experiência. Nesta trama temos um thriller envolvente no qual não sabemos em quem confiar, inclusive não temos certeza se podemos confiar na protagonista, afinal a memória dela não é muito clara e nem ela tem certeza de alguns acontecimentos, junte isso aos visitantes e médicos um tanto suspeitos que aparecem durante a leitura e temos um belo quebra-cabeças para juntar enquanto Emma tenta se lembrar do que realmente aconteceu.

Os capítulos curtos dão ritmo e dinamismo à leitura e a obra também conta com algumas reviravoltas bem interessantes que deixam o ritmo mais frenético e que prendem a atenção do leitor numa tentativa de descobrir o que está acontecendo. A escrita da autora também continua bem envolvente e fluida e se você ainda não conhece, vale a pena conferir a obra.

No mais, essa é uma leitura que deve agradar os leitores que gostam de thrillers um pouco mais leves e que predem a atenção do inicio ao fim fazendo com que você junte as peças do quebra-cabeças junto da protagonista.